quarta-feira, 10 de março de 2010

Manipulador e dissimulado

Voltei pessoal,
Bom, no sábado, meu adicto se enfiou no meu carro logo de manhã, pois queria fazer compras (se fosse prá ir atrás da boca de fumo, ele achava até engatinhando). Comprou, comprou e eu paguei. Dou 200 reais por semana prá ele, ele gastou 150 e ficou com 50 prá comprar cigarros. É óbvio que pediu 60.
Bom, na 2ª feira ele ficou de ir no mecânico onde deixou o carro, ates de se internar (piada, né?).
Bom, eu tive que ir buscar e levar. Chegando no mecânico, ficou uma fera e disse que por 2 mil não ia vender nem a pau o carro. Me agredia e dizia: só vc que é boba prá vender o carro por dois mil, todo mundo te engana, vc é muito burra, etc, etc, etc...Bom, eu não abri minha boca. Ficava falando no caminho de volta: e eu ainda levantei cedo prá ver esta venda, ainda vc me tira da cama cedo, blá, blá....deixei o adicto na casa dele, morrendo de vergonha e ódio.
O carro:
Quando meu adicto fez dois anos limpos, eu dei um carro ano 97 prá ele, pois havia passado no vestibular e como sou viúva, ele poderia ir prá faculdade e me ajudar com as minhas outras duas filhas, pois eu precisava de alguém para levá-la e buscá-las.
Foi a pior besteira que fiz. No 1° ano da faculdade, de 8 matérias, ele reprovou em 5. Eu tranquei a matrícula e em janeiro do ano seguinte, ele implorava nova chance. Eu destranquei a matrícula e fiz aquele sermão do carro, etc, etc... em julho, a média dele era entre zero e dois, daí tranquei de novo a matrícula, mas ele continou com o carro.
Explico: como todo adicto, ele é muito arrogante e ele não precisa de CNH, isto é coisa prá trouxa, então, eu pus o carro no nome dele. Bem, se assim não fosse, eu já teria levado umas mil multas.
Ele deu tanto pau no carro, que ele mais quebrava que andava. A tonta aqui vivia arrumando (ai que ódio de mim). Quando no início do m~es de fevereiro ele resolveu se internar, pus o carro à venda no mecânico que sempre nos ajuda.
O carro estava tão estourado (o motor já tinha fundido, pois eu não arrumei mais), que não deu conserto, se desse, ia ficar uns 5 mil. Eu resolvi então, dar baixa dele no DETRAN, mas eram tantas as taxas, que eu resolvi vender pro próprio mecânico por 2 mil reais.
Vejam, o adicto ainda estava na clínica e este dinheiro iria me ajudar a pagar.
Ele ficou 5 dias na clínica (é sempre assim, ele meio que foge quando a coisa tá muito preta), e voltou. Já queria o carro, que ele havia abandonado na boca do fumo, sem andar, arregaçado. Eu paguei um guincho e levei pro mecânico.
Ao ver o valor de 2 mil, o adicto surtou, gritava comigo, na frente do mecânico. Depois teve a filhadaputeza de me dizer: se vc comprar uma moto 125 cc prá mim, eu vendo por 2 mil e vc paga o resto.
Eu dei uma gargalhada e falei NÃO. Hoje tem reunião do amor exigente, foi lá que aprendi a dizer não, mesmo ele estando possesso.
Aguardemos.
Ah, eu desliguei o celular, prá ele não me incomodar, ele ficava ligando o dia todo aqui, perguntando as coisas mais loucas: como faz arroz, como faz carne com batatas, etc....
Se fosse como aumentar a cocaína prá ela render, ele já sabia. Se vira, jacaré.
Por hoje é só. Bendito amor exigente.

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